Veja o nível assustador a que chegou o 'jornalismo' da GloboNews (veja o vídeo)


Durante a exibição do programa Central das Eleições, da GloboNews, na madrugada de sexta-feira, 4 de outubro de 2024, uma cena inusitada chamou a atenção dos espectadores. A jornalista Daniela Lima não conseguiu conter o riso diante de uma imitação inesperada feita pelo comentarista Octavio Guedes. Ele recriou, de maneira caricata, a polêmica performance do "cavalo taradão", que havia ocorrido em uma escola municipal no Rio de Janeiro, em 2023. O episódio, que viralizou nas redes sociais na época, foi relembrado no programa durante a cobertura do debate dos candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro.


A performance de Guedes causou surpresa entre os colegas de bancada e os telespectadores, levando Daniela Lima a questionar, ainda incrédula, se aquilo realmente havia acontecido. "Isso aconteceu de verdade?", perguntou a jornalista, rindo da situação. O momento de descontração ocorreu em meio a um debate que abordava as polêmicas envolvendo a gestão do prefeito Eduardo Paes (PSD), que disputa a reeleição.


A referência ao "cavalo taradão" foi um dos pontos altos do programa e acabou virando tema de discussão nas redes sociais, dividindo opiniões sobre a postura dos jornalistas da GloboNews ao tratar de um tema tão delicado. A polêmica original aconteceu em 2023, quando um vídeo da performance, realizada em uma escola municipal no Rio de Janeiro, gerou grande repercussão e críticas à gestão de Eduardo Paes. No vídeo, uma pessoa fantasiada de cavalo fazia movimentos considerados inapropriados para o público infantil, o que provocou indignação entre muitos pais e segmentos da sociedade.


Octavio Guedes, ao relembrar o caso, fez uma descrição animada da performance, reproduzindo de forma humorística os movimentos do "cavalo". "Vai para frente, vai para trás, senta e rebola. E as crianças em êxtase com aquela letra com todas as posições do Kama Sutra", brincou Guedes, arrancando aplausos e risadas dos colegas de bancada. A fala gerou uma reação mista entre os telespectadores, com alguns achando a situação engraçada e outros criticando a forma como o tema foi abordado pela emissora.


O debate, que contou com a participação de analistas como Andreia Sadi, Natuza Nery e Mônica Waldvogel, além de Guedes e Lima, trouxe à tona a discussão sobre a responsabilidade da gestão de Eduardo Paes diante do incidente. A performance do "cavalo taradão" se tornou um dos principais pontos de crítica durante o debate eleitoral, com os adversários políticos de Paes usando o episódio como exemplo de má administração e falta de controle sobre o que acontece nas escolas municipais. Paes, por sua vez, defendeu-se na época, afirmando que a performance havia sido um "erro pontual" e que medidas haviam sido tomadas para garantir que algo semelhante não voltasse a ocorrer.


No entanto, a abordagem da GloboNews sobre o caso levantou questionamentos sobre a seriedade com que o jornalismo da emissora tem tratado temas polêmicos. Nas redes sociais, muitos usuários apontaram para o que consideram ser um problema crescente dentro das redações: a militância política. Para alguns críticos, a forma descontraída e jocosa com que o episódio foi tratado no programa reflete uma falta de imparcialidade por parte dos jornalistas da GloboNews, que, segundo eles, estariam mais preocupados em criticar a gestão de Paes do que em informar de maneira equilibrada.


A repercussão foi rápida, com inúmeros comentários nas redes sociais criticando a postura de Daniela Lima e Octavio Guedes. "O que aconteceu com o jornalismo da Globo?", questionou um usuário no Twitter. "Ao invés de fazerem uma cobertura séria do debate, preferem fazer piada com um episódio trágico nas escolas públicas. É lamentável", comentou outro.


Por outro lado, houve quem defendesse a leveza com que o tema foi tratado, argumentando que o humor pode ser uma ferramenta eficaz para lidar com temas sensíveis e que, no contexto de um programa de análise política, é natural que os jornalistas usem de ironia e sarcasmo para comentar os fatos. "Guedes só mostrou a realidade de uma forma engraçada. Não vejo problema em rir da situação, já que o caso foi, de fato, bizarro", disse um defensor da emissora.


Esse episódio reacendeu o debate sobre os limites do humor no jornalismo e sobre o papel da mídia em coberturas eleitorais. Para muitos, a GloboNews errou ao tratar de forma leviana um tema sério, enquanto outros acreditam que a leveza no tom não prejudica a análise dos fatos. De qualquer forma, o incidente expõe as divisões existentes dentro da audiência da emissora, que vem sendo alvo de críticas constantes sobre sua postura política e editorial.


A discussão promete continuar nas próximas semanas, à medida que o debate eleitoral no Rio de Janeiro se intensifica. Enquanto isso, o episódio do "cavalo taradão" permanece como um símbolo de como a política e a mídia podem se cruzar de maneiras inesperadas e, muitas vezes, polêmicas.

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