Durante uma transmissão ao vivo na GloboNews, o jornalista André Trigueiro, conhecido por sua atuação como especialista em meio ambiente, demonstrou grande indignação com o retorno de Donald Trump à Casa Branca, após sua reeleição nos Estados Unidos. Em um momento de intensa reação, Trigueiro fez duras críticas ao ex-presidente, considerando seu retorno como um "retrocesso" significativo, especialmente no que diz respeito às políticas ambientais adotadas durante seu primeiro mandato.
O jornalista apontou que o resultado da eleição representa um retrocesso no que se refere à abordagem dos Estados Unidos em relação às questões climáticas. Trigueiro não hesitou em afirmar que o retorno de Trump à presidência é um reflexo de um movimento que desconsidera a ciência e as evidências relacionadas às mudanças climáticas. Ele destacou a postura negacionista de Trump em relação aos impactos ambientais e às alterações climáticas, apontando que o ex-presidente foi um dos principais responsáveis por políticas que enfraqueceram os esforços internacionais para combater o aquecimento global.
"A palavra retrocesso define bem, do ponto de vista climático e ambiental, o retorno de um negacionista à Casa Branca", disse Trigueiro, em clara referência à postura do ex-presidente durante seu governo anterior. Ele ressaltou que Trump, durante sua gestão, retirou os Estados Unidos de acordos ambientais importantes, como o Acordo de Paris, além de incentivar a exploração de combustíveis fósseis, uma medida que, segundo Trigueiro, está diretamente ligada ao aumento das emissões de gases de efeito estufa e ao agravamento dos eventos climáticos extremos.
O jornalista também alertou para o cenário político nos Estados Unidos, destacando a composição conservadora do parlamento e da Suprema Corte, o que, em sua visão, pode intensificar os efeitos negativos das políticas de Trump. Trigueiro afirmou que a maioria republicana no Senado e na Câmara representa um cenário de pouca ou nenhuma ação para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Além disso, ele mencionou que a maioria conservadora na Suprema Corte poderia prejudicar a implementação de leis e regulamentações ambientais mais rigorosas.
Durante sua fala, Trigueiro fez questão de ressaltar as promessas de Trump durante a campanha eleitoral, especialmente no que diz respeito ao estímulo à produção de combustíveis fósseis. O ex-presidente afirmou que, caso fosse reeleito, buscaria intensificar a exploração e o uso de fontes de energia não renováveis, como o carvão e o petróleo. Essa postura, segundo Trigueiro, aumentaria as emissões de gases de efeito estufa e agravaria as condições climáticas em todo o planeta, contribuindo para o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como furacões, secas e ondas de calor.
O jornalista também fez um alerta sobre os impactos globais das ações de Trump, ressaltando que a liderança dos Estados Unidos tem um papel central na governança ambiental mundial. "A combinação da liderança de Trump com a maioria republicana no Senado e na Câmara representa um grande desafio para os esforços globais de combate às mudanças climáticas", afirmou Trigueiro. Para ele, as políticas adotadas pelos Estados Unidos, caso Trump volte a governar, poderão prejudicar os avanços conquistados nas últimas décadas em relação à sustentabilidade e à preservação do meio ambiente.
Ao concluir sua análise, o jornalista se mostrou preocupado com as consequências de uma nova administração liderada por Trump, especialmente em um momento crítico para o futuro do planeta, quando o aquecimento global e suas consequências já estão sendo observados de forma mais intensa em diversas partes do mundo. Ele lamentou o fato de que, ao invés de avançar com políticas públicas que incentivem a transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis, os Estados Unidos sob a liderança de Trump podem retroceder ainda mais, colocando em risco não apenas o futuro do país, mas também o do planeta como um todo.
A fala de Trigueiro gerou repercussão nas redes sociais, com muitas pessoas compartilhando sua opinião e expressando preocupação com o cenário político que se desenha nos Estados Unidos. Em meio a esse contexto, uma parte da militância ambiental e progressista parece estar em estado de alerta, temendo que o retorno de Trump à presidência comprometa os esforços globais para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover a sustentabilidade. O clima de pânico, como alguns chamam, reflete o temor de que, com a reeleição de Trump, as políticas ambientais retrocedam, colocando em risco não apenas as futuras gerações, mas também o equilíbrio ambiental do planeta.