A jornalista Mary Anastasia O'Grady, conhecida por suas análises críticas sobre política latino-americana, tem sido uma das vozes mais contundentes ao afirmar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera o declínio do Brasil e, ao mesmo tempo, arrasta consigo a América Latina. O'Grady não se limita a apontar as falhas do governo Lula, mas também faz uma análise do impacto das ações do Brasil na região e sua postura frente a outros regimes no continente.
Em sua crítica, O'Grady destaca a política econômica e a "democracia" de Lula, que, segundo ela, se aproxima cada vez mais das características de regimes autoritários, como os da Nicarágua e Cuba. A jornalista também acusa o presidente brasileiro de se tornar um "avalista" de Nicolás Maduro na Venezuela, tendo apoiado a eleição controversa do líder venezuelano, que é amplamente questionada pela comunidade internacional. Para ela, essa postura de Lula não apenas enfraquece a democracia no Brasil, mas também coloca o país em uma posição de vulnerabilidade política, ao alinhar-se com governos de regimes totalitários.
A jornalista faz uma crítica enfática ao histórico de corrupção associado ao Partido dos Trabalhadores (PT), partido ao qual Lula pertence. Ela observa que o PT, durante os anos em que esteve no poder, foi responsável por um dos maiores esquemas de corrupção da história da América Latina, o que, segundo ela, mancha de forma irreparável a imagem do ex-presidente. A corrupção, que foi amplamente divulgada durante os escândalos da Operação Lava Jato, continua a ser um ponto central nas críticas de O'Grady. Ela enfatiza que, embora Lula tenha sido condenado e tenha cumprido pena, ainda não foi inocentado de suas acusações, o que, na visão da jornalista, coloca em xeque sua capacidade de liderar o Brasil, especialmente quando se propõe a questões de caráter moral e ético.
O'Grady também questiona a ambição de Lula de substituir os Estados Unidos como a principal hegemonia da América Latina. Para a jornalista, esse desejo de liderança regional é legítimo, mas Lula não tem a autoridade moral nem o peso econômico para desempenhar tal papel. Ela sugere que, enquanto o Brasil pode, eventualmente, recuperar sua força econômica, a falta de uma liderança moralmente forte e comprometida com os valores democráticos impede o país de assumir um papel de liderança na região. A postura de Lula, aliada ao histórico de corrupção e à aproximação com regimes autoritários, enfraquece a credibilidade do Brasil no cenário internacional, segundo O'Grady.
Outro ponto que O'Grady critica com veemência é a iniciativa de Lula, no âmbito do G20, para erradicar a fome e a pobreza até 2030. A jornalista vê a proposta como uma grande ironia, dado o histórico do governo do PT e as políticas que Lula implementa desde sua volta ao poder em janeiro de 2023. De acordo com O'Grady, as ações do governo brasileiro, tanto no cenário doméstico quanto no internacional, estão mais próximas de agravar a crise social e econômica do que de resolvê-la. A fome e a pobreza, embora sejam questões urgentes, não podem ser combatidas por um governo que, segundo ela, já demonstrou falhas estruturais em sua gestão e no trato com os recursos do país.
A jornalista também ressalta que a ideia de Lula de combater a fome mundial não tem qualquer chance de sucesso, pois ela nasce de um político que supervisionou um dos maiores esquemas de corrupção da história da América Latina. Para ela, a tentativa de Lula de se apresentar como líder de causas humanitárias, enquanto seu próprio partido esteve envolvido em um dos maiores escândalos de corrupção do continente, é um desrespeito às vítimas da pobreza e da fome.
Vale notar, no entanto, que O'Grady não leva em consideração declarações controversas feitas por Lula em momentos anteriores, como quando criticou publicamente o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamando-o de desumano e afirmando que ele se aproxima de um regime nazista. Além disso, a jornalista também ignora a postura de Janja da Silva, esposa de Lula, que em um episódio recente mandou o empresário Elon Musk "se fuder", algo que gerou críticas tanto no Brasil quanto no exterior.
Apesar das críticas de O'Grady, o governo Lula segue com seu projeto de crescimento econômico e de fortalecimento das relações internacionais, com foco em diversas iniciativas, como a luta contra a fome e a pobreza. No entanto, os desafios para o Brasil são grandes, e o governo de Lula enfrentará dificuldades para consolidar sua liderança regional e global, especialmente diante das questões internas e das controvérsias políticas e econômicas que marcam sua gestão.