O deputado Helio Lopes, apoiador de Bolsonaro, também se manifestou sobre o tema, destacando a necessidade de resistir à censura na internet. “Agora vocês entendem porque querem tanto censurar a internet, né?! Continuaremos a luta para que isso não aconteça!”, afirmou Lopes.
Além de suas críticas às coligações e à censura, Bolsonaro comentou sobre a possível punição da atleta brasileira Rayssa Leal pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Leal teria sido alvo de críticas por ter expressado, em Libras, uma citação cristã. Bolsonaro usou o caso para afirmar que os progressistas têm aversão ao Cristianismo devido aos seus valores que, segundo ele, representam um obstáculo ao avanço do comunismo.
“Os progressistas odeiam o Cristianismo. Não porque ele 'ofende' grupos 'minoritários', pois não ofende; ao contrário, o Cristianismo acolhe a todos. O problema dos progressistas com o Cristianismo é o sistema de valores que este último ensina, um grande obstáculo ao avanço do comunismo. Com a destruição dos valores ocidentais, da família, do que nos une, do que nos faz perdoar, do que nos faz buscar sempre evoluir, nos transformamos em seres meramente de carne, sem alma, sem reação, sem espírito, desleixado, sem fé, de fácil controle físico e mental, então nos tornam massas de manobra fabricadas pelo sistema e gratos pelas migalhas que lhe devolvem depois de lhe roubarem absolutamente tudo, principalmente o que te valoriza e te põe de pé todos os dias”, criticou Bolsonaro.
A crítica à censura da imprensa também ganhou destaque. Bolsonaro mencionou a invasão da sede da Folha Política, um veículo conservador, e a apreensão de todos os equipamentos a mando do ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, tal ação seria uma violação grave dos direitos internacionais, comparando-a a eventos ocorridos apenas durante regimes ditatoriais, como a ditadura Vargas.
“Muitos jornalistas e veículos conservadores vêm sendo implacavelmente perseguidos, como é o caso da Folha Política. Nossa sede foi invadida e todos os nossos equipamentos foram apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes. À época, o jornalista Alexandre Garcia assinalou que algo semelhante só havia ocorrido na ditadura Vargas, não havendo qualquer exemplo semelhante durante o tão falado regime militar. Mesmo em ditaduras consolidadas, não é comum que se apreendam todos os equipamentos, em claríssima violação a tratados internacionais como o Pacto de São José da Costa Rica”, destacou Bolsonaro.
Com essas declarações, Bolsonaro reafirmou sua posição crítica em relação ao governo atual e às ações que considera autoritárias, chamando a atenção para o que vê como uma crescente ameaça à liberdade de expressão e aos valores democráticos.