Com cara de Amélia e todo desconfiado, respondeu a jornalistas, neste sábado, em um hotel em Copacabana, novamente, “se já tinha sido informado oficialmente sobre o cancelamento do almoço com Bolsonaro”. O desconvidado presidente português respondeu:
- "A minha experiência de muitos anos de vida e muitos anos de vida política é que o fundamental é olhar para os povos. Depois, as questões conjunturais, almoça hoje, almoça amanhã, almoça depois de amanhã, há de haver um momento em que há um almoço por força das situações, por força das circunstâncias. Não há drama nisso".
Não, presidente português, drama mesmo foi o que seus antepassados fizeram a nós brasileiros:
“O historiador carioca Pandiá Calógeras calculou que Portugal levou em ouro do Brasil cerca de 135 milhões de libras esterlina, entre 1700 e 1801. Em moeda atual, seria o equivalente a 7,5 bilhões de libras esterlinas ou 30 bilhões de reais”.
Mas os historiadores dizem que os portugueses não roubaram nada do Brasil. Sabe por quê? Porque nessa época não existia Brasil – nós éramos uma colônia, éramos escravos de Portugal. Esse ouro retirado das terras brasileiras pertencia a quem tinha soberania sobre o território no momento da extração.
E nesse caso os portugueses eram donos de tudo.
O argumento para o roubo só demonstra a mentalidade de colonizado dos historiadores. É como se alguém dissesse: o achado não é roubado. Portanto, o achado é meu. Ora, o raciocínio é falso, pois aqui existiam pessoas e não eram os portugueses e o que existia aqui não era dos portugueses. Eles conquistaram, mataram, exploraram e levaram as riquezas do Brasil para Portugal.
Neste ano de 2022 vem o Presidente português, descendente dos patrícios que escravizaram e assaltaram a nação brasileira e, ao invés de pedir desculpas pelos desmandos que praticaram no país, presta homenagem ao maior assaltante dos tempos modernos: Lula, o descondenado.
Notem que é um descendente de conquistadores/assaltantes do passado prestando homenagens a um assaltante do presente.
Talvez o presidente de Portugal imaginasse que ia chegar aqui e mandar e desmandar. Marcar reuniões e desmarcar. Ser o centro das atenções.
Afinal nós somos os colonizados e ele o colonizador.
Quebrou a cara, assim como o “consórcio de imprensa”.