Chanceler de Milei faz denúncias gravíssimas contra Maduro e exige reação imediata contra tirania na Venezuela - OEA

 Um ponto crítico abordado por Mondino foi a violação da Convenção Sobre Asilo Diplomático. Ela revelou que há seis asilados na embaixada argentina em Caracas e que o regime de Maduro se recusa a emitir os documentos necessários para sua saída segura. "O inconcebível é que impedem que os asilados saiam junto com os diplomatas argentinos que foram expulsos. Isto está previsto na Convenção de Caracas", disse, criticando a falta de ação da comunidade internacional sobre o tema.


Mondino também fez um apelo à comunidade internacional para que se pronuncie e tome medidas para proteger os asilados e garantir que a Venezuela retorne à democracia. Ela criticou a resolução apresentada durante a reunião por não mencionar a Convenção de Caracas sobre Asilo Político e pediu a colaboração de outros países para proteger os direitos dos perseguidos. "A República Argentina alerta sobre as consequências desta situação e apela aos países irmãos para colaborar com os esforços diplomáticos e a proteção dos asilados", disse.


O discurso de Diana Mondino foi um chamado claro para a ação e a solidariedade internacional em relação à crise na Venezuela. Sua declaração sublinhou a importância de uma resposta firme contra a violação dos direitos humanos e a necessidade de garantir que a vontade do povo venezuelano não seja usurpada por um regime autoritário.


A Organização dos Estados Americanos, que congrega os 35 países das Américas e tem como pilares a democracia, os direitos humanos, a segurança e o desenvolvimento, enfrenta um desafio crucial em responder à situação na Venezuela. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, um dos principais órgãos da OEA para a promoção e proteção dos direitos humanos, tem recebido diversas denúncias de violações no Brasil, relacionadas ao controle e censura promovidos pelo Judiciário brasileiro, que espelham, de certa forma, as táticas utilizadas pelo regime venezuelano.


Os críticos do sistema político brasileiro apontam para a inércia das instituições nacionais em responder às violações de direitos, como evidenciado pela falta de ação do Senado brasileiro e pela ineficácia da Comissão Interamericana de Direitos Humanos em tratar adequadamente das denúncias contra o governo de Alexandre de Moraes. A similaridade entre os abusos na Venezuela e as questões enfrentadas no Brasil destaca a necessidade urgente de uma resposta internacional coordenada para defender a democracia e os direitos humanos em toda a região.


A mensagem de Diana Mondino na OEA é um apelo não apenas para a proteção dos direitos dos venezuelanos, mas também para a responsabilidade coletiva das nações da América em enfrentar e condenar as violações dos princípios democráticos e dos direitos humanos. A comunidade internacional deve agir com determinação para garantir que a justiça e a liberdade prevaleçam na Venezuela e em outras nações que enfrentam crises semelhantes.