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 Na visão dele, levar os mais de 1 mil detidos para ficarem confinados em um ginásio da Polícia Federal (PF) “é um passo largo que não se coagula com o Estado Democrático de Direito”.

Marco Aurélio ainda criticou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e a prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres.

Em sua avaliação, esse tipo de medida não aconteceu nem durante a ditadura militar.

“Se eu estivesse na bancada [do STF], não endossaria esse ato de força. Não viveremos dias melhores no Brasil com atos de força, que não tivemos sequer na época do regime de exceção. Vamos marchar com temperança”, declarou.

O ex-ministro citou a época da nomeação de Moraes para o STF, em 2017, quando morreu o então ministro Teori Zavascki, vítima de um acidente de avião. Na ocasião, a indicação foi feita pelo presidente Michel Temer (MDB) e o Senado Federal aprovou após sabatina.

“Na época […] fui questionado por jornalistas quanto ao que se faria, como seria preenchida a cadeira, e disse que o presidente Temer tinha um homem talhado para a cadeira: foi professor universitário, foi do Ministério Público, foi secretário de Segurança Pública do prefeito Kassab e do governador Alckmin, e ministro da Justiça… Vejo que errei redondamente”, finalizou.